Jornada Arte e Resiliência nos Tempos Atuais
No dia 02 de junho, recebemos alguns convidados especiais em nossa Jornada Online Arte e Resiliência nos Tempos Atuais. O evento foi conduzido pelas mestras de cerimônia, arteterapeutas que compõem a equipe do Departamento, Ligia Kohan e Rita Cavalieri.
Iniciamos o encontro com as palavras da mestra Selma Ciornai, que nos presenteou com uma fala bastante sensível sobre comoa arte possibilita o desenvolvimento da resiliência e a elaboração de momentos difíceis, como este que estamos vivenciando. Selma nos inspirou a enfrentar as dificuldades através da criatividade,transformando-as em momentos que valem a pena, tanto individual quanto coletivamente.
Abrindo a Roda de Conversa, Selma convidou Hélio Rodrigues, artista plástico, mentor e coordenador do projeto social EU SOU, que atende crianças e adolescentes em situação de risco. Hélio trouxe uma reflexão bastante importante: "O que nos aproxima da arte?", colocando em evidência os processos humanos e criativos como forma de nos aproximarmos do que somos e de quem somos.
O segundo convidado da mesa foi Walter Muller, médico, homeopata e artista visual. Pós-graduado em Bioética, Cuidados Paliativos e Tanatologia, mestre em Psicologia Clínica e Arteterapeuta. Walter é médico atuante no serviço público em urgências e emergências e trabalha na linha de frente do Covid-19. Ele relatou a importância da arte para ressignificar esse momento da sua vida profissional e pessoal, com o trabalho “Arte e resiliência: vida da arte na arte da vida”. Neste trabalho, Walter simbolizou toda sua dor pela ausência e perda de seus colegas, a distância da família e amigos e a aceitação dos processos vividos, ressignificando através dos processos criativos.
Após os relatos preciosos e a troca com o público, a Jornada seguiu para um momento de apreciação artística, com duas obras.
A primeira apresentação foi o vídeo "Resiliência e Recalcitrância: a arte clownesca como forma de resistência", realizado pelo psicólogo, professor e palhaço, Rodrigo Bastos, mestre em Ciências Sociais e pós-graduado em Psicologia Clínica na Abordagem Gestáltica e sua parceira, Montserrat Gasull Sanglas,
professora, tradutora/intérprete e palhaça. A dupla nos brindou com uma produção clownesca sobre a luta contra a COVID19 e outras pandemias, tal como o fascismo, e lembra que, a melhor forma de combatê-las é através do amor, do riso, do cuidado e de muita arte.
A segunda apresentação foi “Uma Carta Para o Futuro”, da Coletiva Entreolhares - uma coletiva de mulheres arteterapeutas criada em 2020 por Anna Clara Hokama, Ana Cristina Murad, Iara Simonetti, Júlia Fontes e Natália Pieczarka, com o propósito de construir estradas em comum e criar conexões para uma atuação no mundo mais integrada. A Coletiva apresentou o vídeo, resultado de um processo interno, no qual o diálogo com o futuro trás a busca pela esperança e a potência da vida vivida no coletivo.
O público, muito sensibilizado com as apresentações, foi guiado por Ligia Kohan, atriz, arte educadora e arteterapeuta, para um aquecimento corporal que os levou a uma vivência arteterapêutica conduzida por Selma Ciornai.
Depois das trocas, a Jornada foi encerrada com um canto coletivo da canção Florescer, de Valéria Pontes, proposto por Marcieli Amaral, arteterapeuta, arte-reabilitadora, mestre em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação, além de professora, pianista e compositora. Deixamos um trechinho da música de encerramento para finalizar este relato “vai florescer o ser divino que está dentro de você, vai florescer, vai florescer…"
O vídeo do encontro está disponível no Canal Youtube do Instituto Sedes Sapientiae e em nosso site www.arteterapia.sedes.org/videos
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